segunda-feira, 8 de março de 2010

Em Cidade Ocidental, participantes pedem ações básicas

A caravana do Movimento Cresce Goiás (MCG) passou por Cidade Ocidental, no entorno do Distrito Federal, e mais do que cobranças por obras de infraestrutura e formas de atrair indústrias para o município, os mais de 200 participantes reclamaram por demandas mais pontuais, mas nem por isso menos urgentes. De acordo com os presentes, faltam ao município coisas básicas como uma delegacia 24 horas, cartório de registro cível e de imóveis, patrulha escolar etc.

O prefeito da cidade, Alex Batista (PR), foi bastante aplaudido após seu discurso, onde citou todas as obras realizadas em seu primeiro ano de gestão. Muitas delas com recursos obtidos no governo federal após a intervenção do deputado federal Sandro Mabel, como salientou Alex.

Mesmo assim, as pessoas pedem muito mais coisas. Como explicou Sandro Mabel: “Uma boa gestão traz muita coisa boa para a cidade, a população conquista muitas coisas, mas não é por isso que não quer mais melhorar. Pelo contrário.”

O funcionário público Benedito Câmara Barbosa, 50, disse que a cidade não tem nenhum cartório e que a população sofre muito com isso. “A gente tem de registrar o filho no cartório de Luziânia ou então em Valparaíso.”

O presidente da Associação de Amparo aos Deficientes de Cidade Ocidental, Agostinho Monteiro da Silva Neto, pediu mais atenção do poder público aos portadores de necessidades especiais. “Hoje, por exemplo, não tem uma escola aqui adaptada para o deficiente físico. Poderia ter pelo menos uma, no centro, que recebesse todos eles.”

O motorista Etênio Cristiano Lima, 33, cobrou mais opções de transporte público, já que a população costuma viajar diariamente para trabalhar em Brasília e no entorno. “É muito sofrimento e a gente tem de esperar muito.”

A professora Vanessa Barbosa Bernardes, 25, cobrou a criação de um Batalhão Escolar da Polícia Militar. “Está aumentando muito a violência nas áreas em volta das escolas. Seria muito bom se tivéssemos uma patrulha escolar aqui.”

Muitas das demandas dependem apenas de providências do município e, não necessariamente, são sugestões para constar no plano de governo. Uma equipe do MCG anota tudo que é dito para encaminhar ou para o projeto de gestão do PR ou para as devidas providências.

Houve espaço também para declarações de amor ao município em meio às reivindicações. A secretária Maria de Fátima Silva Santos, 45, lamentou ver sua cidade perder os jovens para Brasília (DF). “Eu amo muito essa cidade. Vivi minha vida aqui. E dói o coração ver as pessoas indo embora porque não conseguem emprego aqui.”

O vice-governador Ademir Menezes comentou que o município precisa analisar qual a sua vocação empresarial, em quais setores pode investir para atrair indústrias e empreendedores. “Só assim dá para planejar e trazer para a cidade o desenvolvimento que vimos em Aparecida”, disse.

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