segunda-feira, 29 de março de 2010

Goianésia cobra estrutura para atender cidade vizinha e atrair Brasília

A caravana do Movimento Cresce Goiás (MCG) passou por Goianésia na noite de sábado e levou de lá uma lista de sugestões para resolver duas questões essenciais para o desenvolvimento do município: como lidar com os milhares de trabalhadores contratados por uma mineradora em Barro Alto, mas que acabam usufruindo a infraestrutura de Goianésia; e como melhorar a malha viária da região para integrar a cidade ao complexo rodo-ferroviário que está surgindo em Goiás e aproximá-la também de Brasília (DF).

São dois focos de trabalho que, segundo o prefeito Gilberto Naves (PMDB) e o ex-prefeito Otávio Lage Filho (PSDB), se o Estado conseguir resolver vai proporcionar aos moradores de Goianésia um salto de qualidade de vida ainda não visto. “Vieram três mil pessoas trabalhar em Barro Alto, mas a cidade não tem estrutura para abrigar tanta gente e esse pessoal acaba usando os recursos de Goianésia”, explica Gilberto.

O prefeito contou sobre uma vez em que um ônibus foi de Barro Alto com 40 trabalhadores a um posto de saúde à Goianésia para que o médico de lá atendesse o grupo e desse atestado médico. “Nosso sistema de saúde não consegue dar conta do recado. É uma demanda gigante.”

O comerciante Roseval Canedo, ligado ao PMDB, disse que o déficit habitacional em Goianésia deu um pulo depois da instalação da mineradora em Barro Alto. “Hoje o déficit está em 6,5 mil, mas com certeza chega a 10 mil casas. E quem vive de aluguel sofre porque houve um aumento enorme, casas simples custam R$ 300, R$ 400 por mês. Para quem tem uma vida carente, é um valor absurdo e impossível de pagar.”

Otávio Lage Filho disse que uma das prioridades do Estado deveria ser com a conclusão e pavimentação de algumas GOs que cruzam Goianésia. Ele cita, como exemplo, a GO-230, que ligaria a cidade à Rianápolis. Ele e Gilberto Naves dizem que esta rodovia é importante para a integração de Goianésia com toda a região.

“O governo federal já demonstrou interesse na BR-251, que faria essa ligação com a GO-230 e Rianápolis. O projeto está pronto há anos, mas parado”, disse Otávio. “É um eixo importante a ser integrado. Em Santa Isabel vai ter um entrocamento da ferrovia Norte-Sul e é importante que estejamos próximos”, completou Gilberto.

Sobre a ligação com Brasília, o prefeito disse que a conclusão da BR-414, com seu asfaltamento, colocará Goianésia a 210 km da capital federal. “Precisamos descobrir Brasília, trazer os turistas do Distrito Federal para cá. É estratégico. Mas para isso, antes, precisamos arrumas nossas estradas”, comentou.

O prefeito de Senador Canedo, Vanderlan Cardoso, um dos coordenadores do Movimento Cresce Goiás (MCG), comentou que é importante que os municípios estejam interagindo com o Estado, mas que cabe aos governos estaduais e federal ofertar os recursos para as prefeituras poderem resolver suas demandas maiores.

População pede descentralização no atendimento na saúde pública

A caravana do Movimento Cresce Goiás (MCG) passou neste fim de semana em três cidades do norte goiano - Campinorte, Formoso e Minaçu. E nas três ouviu o mesmo pedido: a descentralização do atendimento especializado na área da saúde. Para isso, eles consideram fundamental que o governo – seja este ou o próximo – entregue o Hospital Regional de Uruaçu, que traria alívio para a população de toda a região norte.

“Às vezes, o paciente só tem atendimento em Goiânia e a distância é tanta que o paciente chega a morrer no caminho”, observa o presidente do PR de Santa Tereza, Manoel Revalino Gonçalves. “A construção de um hospital é um processo burocrático, que demora anos para se tornar uma realidade. Mas para nós do norte goiano é uma das principais demandas”, disse o prefeito de Campinorte, Wander Antunes Borges (PP).

O vice-governador Ademir Menezes, um dos coordenadores do MCG, concorda com a reivindicação da população do norte goiano e disse que a licitação para o Hospital Regional de Uruaçu deve sair até meados de abril. Mas que, independente da obra, a descentralização da saúde pública é um dos pontos mais importantes do plano de governo a ser apresentado pelo PR, sendo algo que surgiu durante os debates do MCG pelo interior. “A descentralização é uma reivindicação em quase todas as cidades que estamos visitando com o Movimento para colher sugestões da população.”

Moradores de Formoso acreditam em parceria com Estado

Uma cidade pode ter infraestrutura e ser bem provida de recursos naturais, mas se não tiver o apoio do Estado não vai para frente. Esse foi o consenso geral dos participantes da audiência pública do Movimento Cresce Goiás (MCG), em Formoso. “A cidade é bem servida de água e energia, temos dois rios que nos abastecem, energia que vem das usinas e mineradoras, estamos perto da BR-153 e logo teremos a ferrovia Norte-Sul aqui do lado também, mas de nada adianta isso se o Estado não nos ajudar a trazer as empresas para cá”, disse o agricultor Uberlânio Belém de Almeida.

Mais de 100 pessoas se apertaram no pequeno auditório da Câmara Municipal e enfrentaram o calor – mesmo sendo à noite a audiência -, para debater soluções para o problema apontado por Uberlânio. “Nós viemos aqui para escutar a solução de vocês. A população está acostumada a ver os planos de governo sendo montados por técnicos dentro de gabinetes, sem que os eleitores colaborem. E o PR quer fazer diferente, quer montar o plano de governo a partir do que vocês sugerirem, porque é a população que sabe o que o Estado precisa para se desenvolver”, disse o vice-governador Ademir Menezes, um dos coordenadores do MCG.

O ex-prefeito de Santa Tereza de Goiás, Paulo Vieira da Costa (PTB), sugeriu que o Estado reduzisse os impostos por determinado período para empresas se instalarem em determinadas regiões, incentivando assim o desenvolvimento industrial de áreas atualmente mais pobres. Ademir ressaltou que, para isso, é preciso que cada município conheça bem seu potencial. “O empresário de uma grande indústria vai querer saber o que a cidade tem para oferecer antes de se instalar ali.”

O lavrador José Gomes da Silva comentou que os incentivos não devem ser dados apenas às empresas que vierem a se instalar na cidade, mas também aos pequenos agricultores e empresários que já vivem na região. “O pequeno agricultor precisa de assistência técnica e ajuda de recursos. A competição é grande e sozinho ele não dá conta”, disse.

O professor Antônio Carlos Pereira sugeriu então que o Estado ajudasse na criação de uma cooperativa para agregar valor ao que é produzido na região e de um frigorífico ou matadouro para que a carne vendida pelos pecuaristas de Formoso e cidades próximas pudesse ter um valor mais elevado. Uberlânio lembrou que atualmente a arroba do boi e da vaca está muito baixa e nem sempre é compensatório para o produtor trabalhar com isso.

O vice-governador – que morou em Formoso na infância – disse que conhece muito bem a realidade da população, sabe do potencial agropecuário da região e afirmou que as propostas sugeridas durante outras audiências do MCG, somadas as feitas na cidade, estão apontando para soluções simples e ágeis para o desenvolvimento do interior. Ele citou como exemplo a questão do incentivo diferenciado para atrair empresas.

Campinorte quer empresas, faculdades e um hospital regional

As autoridades de diversos partidos presentes na audiência do Movimento Cresce Goiás (MCG) em Campinorte, na tarde de sexta-feira, dia 26, ouviram da população presente diversas sugestões para melhorar a cidade e a região. Três assuntos dominaram as discussões: a recuperação das rodovias estaduais, principalmente a GO-357; a construção do Hospital Regional de Uruaçu; e a atração de empresas de grande porte para a região.

O prefeito de Campinorte, Wander Antunes Borges (PP), presente ao encontro, disse que com a construção das ferrovias Norte-Sul e Leste-Oeste, cujo entroncamento será na cidade, surge uma grande oportunidade para o poder público desenvolver o norte goiano. As ferrovias são uma das bandeiras de luta do deputado federal Sandro Mabel junto ao Governo Federal. “Precisamos saber aproveitar essa chance que vamos ter, graças ao empenho do PR e do deputado federal Sandro Mabel, para trazer emprego e melhoria na qualidade de vida para as pessoas”, disse.

Entretanto, sem qualificação profissional, as empresas que chegarem à região vão procurar mão-de-obra em outras cidades, como ressaltou o próprio prefeito e outros participantes. “Nós precisamos qualificar a nossa mão-de-obra. Aqui, infelizmente, não tem uma faculdade. Aí as empresas acabam trazendo gente de fora para os cargos com salário melhor”, comentou o professor Adivaldo Gomes Guerra.

O pastor e vigilante João Gonçalves Alves lembrou que uma das principais carências na cidade é emprego. Ele citou a instalação de uma mineradora em Alto Horizonte, disse que ajudou bastante a região, mas ainda precisa de mais empresas. “Moro aqui há 15 anos e sei que o que mais precisamos é de emprego. O pai de família sofre tanto quando está sem emprego que corre o risco de ir para outros rumos perigosos”, comentou.

Além da instalação de uma universidade em Campinorte, para atender aquela região, os moradores sugeriram também a criação de uma cooperativa ou benefícios a empresas que queiram se instalar no local para trabalharem em cima do que é produzido na região. “Precisamos fazer com que os nossos produtos tenham valor agregado antes de serem vendidos para fora. Isso vai trazer mais dinheiro para o produtor e para os trabalhadores. Hoje o que vendemos aqui é apenas commodites”, disse a empresária Sandra Pereira Gomes.

Foi pedida também a recuperação das rodovias estaduais e que o governo estadual, seja o atual ou o próximo, conclua as obras deixadas inacabadas pelos governadores anteriores. “O próximo governador tem de fazer o que este está fazendo, concluindo as obras inacabadas, porque se deixar assim, a gente acaba perdendo emprego”, disse o professor Oséias Vicente dos Anjos.

Sobre a GO-357, o prefeito de Nova Iguaçu, Adelino Serra Alves (PR), disse que espera que o próximo governador consiga pavimentar toda rodovia. “Estou aqui desde 1986 e sempre ouvi promessas de que a rodovia seria asfaltada, mas isso nunca aconteceu. O governador atual teve de arrumar a casa, mas espero que o próximo possa finalmente dá uma solução para essa GO”, disse.

O vice-governador Ademir Menezes disse que o Hospital Regional é uma prioridade do atual governo e que a obra atrasou por causa da burocracia. “Mas o dinheiro já está separado e em breve teremos uma boa notícia”, disse. Ele também concordou com a urgência de pavimentação na GO-357 e elogiou as sugestões da população para mais empregos e desenvolvimento regional. “A população está mais ativa, mais atuante, o administrador público que recebe a chancela do povo é obrigado a fazer um trabalho com seriedade e velocidade. Vocês exigem isso.”

Ademir também aproveitou a audiência para fazer um balanço do MCG até agora. Já foram 42 cidades visitadas e mais de 10 mil participantes. Em algumas cidades, as audiências contavam com até 400 pessoas. “Estamos levando na nossa bagagem contribuições importantes não só para as cidades que visitamos, mas para todo o Estado. E as sugestões são dadas por todos, médicos, empresários, donas de casa, professores, todos.”

quinta-feira, 25 de março de 2010

Hidrolândia quer voltar a crescer com viaduto na BR-153

A audiência do Movimento Cresce Goiás (MCG) em Hidrolândia, na noite de segunda-feira, agitou a população em dois temas: infraestrutura e melhorias na saúde pública. Mais especificamente, a tão sonhada construção de um viaduto na entrada da cidade pela BR-153 e investimentos em um atendimento de qualidade e especializado, para evitar a necessidade de ir à Goiânia em busca de socorro médico.

Moradores cobraram das autoridades presentes o início das obras do trevo de Hidrolândia da BR-153, com a construção de um viaduto. Reclamaram que não agüentam mais tantos acidentes e que a rodovia, do jeito que está, sem nem ser duplicada, atrapalha no desenvolvimento da cidade.

O superintendente regional do DNIT de Goiás e Tocantins, Alfredo Soubihe Neto, presente à audiência, informou que o projeto do viaduto fica pronto para licitação ainda neste semestre e que os recursos já foram reservados, a pedido do deputado federal Sandro Mabel. “Estamos planejando para as obras começarem em 2011. Vamos fazer de tudo para que aconteça ainda este ano, mas isso eu não posso garantir”, disse.

Sandro Mabel, que coordenada a caravana do MCG ao lado do vice-governador Ademir Menezes, e do prefeito de Senador Canedo, Vanderlan Cardoso, lembrou que esteve presente na primeira audiência sobre o trevo, em 2002, e que acha um absurdo o projeto ter se arrastado por tanto tempo. “Há um ano eu coloquei o Alfredo no DNIT e disse a ele que o trevo de Hidrolândia é uma prioridade. Em um ano, ele está conseguindo concluir o projeto”, comentou.

Para o prefeito de Hidrolândia, José Lima Cruvinel (PP), o viaduto vai permitir que a cidade cresça em direção ao outro lado da rodovia. “Crescemos e nos aproximamos da BR, mas depois paramos por causa das condições horríveis da pista.”

Os participantes da audiência também sugeriram um projeto para que os comerciantes que margeiam a rodovia possam permanecer lá depois de instalado o viaduto. Mabel elogiou a sugestão e disse que ela não só vai ser abraçada pelas autoridades presentes como encaminhada para que o DNIT e a Prefeitura trabalhem nela junto à comunidade.

Na área da saúde, a população cobrou a contratação de médicos especialistas, melhorias nos postos de saúde e a descentralização do atendimento. “Existem projetos que podem ser adotados que não custam caro. Precisamos parar de precisar ir para Goiânia para ter um atendimento especializado. Principalmente para pacientes infantis e da terceira idade”, comentou a consultora financeira Kenia Pontes.

A aposentada Maria Aparecida Pereira Machado, 54 anos, cobrou a ida de empresas para Hidrolândia. Reclamou que nunca conseguiu emprego de carteira assinada na cidade. “Precisa muito de uma empresa em Hidrolândia, que empregue com carteira assinada. Nunca trabalhei fichada aqui. Meus filhos estão desempregados e meu marido também não tem carteira assinada. Precisa de um trabalho dos políticos para trazer as indústrias e contratar as pessoas, principalmente a juventude.”

Já Vanderlan Cardoso deu uma dica às autoridades presentes, com base em sua administração: conversem bastante com os colegas mais experientes. “Quando assumi a Prefeitura, em 2005, eu estava perdido. Eram tantos problemas que eu encontrei, que tive a idéia de ir buscar nos meus colegas prefeitos as soluções. Muitos deles estavam com projetos de sucesso que poderiam ser implantados em Senador Canedo. Fui buscar na experiência de outros colegas o que poderíamos fazer. Em Aparecida de Goiânia, por exemplo, surgiram os projetos de industrialização que implantamos com sucesso em Senador Canedo. Nessa hora, o político tem de saber correr atrás”, disse.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Agenda dos debates

O Movimento Cresce Goiás pega a estrada novamente nesta segunda-feira, dia 22 de março. Confira, abaixo, a agenda dos próximos debates:

Dia 22/03/2010: Hidrolândia (19h)
Dia 26/03/2010: Campinorte (15h) e Formoso (19h)
Dia 27/03/2010: Minaçu (09h) e Goianésia (18h)

Participe da construção de uma nova política para Goiás. É com a participação de todos que vamos fazer o nosso Goiás melhor! Acesse a nossa comunidade no Orkut e mande suas idéias - http://bit.ly/9cHs1V.

terça-feira, 16 de março de 2010

Conclusão de estradas é prioridade em Mairipotaba

Em Mairipotaba, a questão da infraestrutura dominou os debates da audiência do Movimento Cresce Goiás (MCG), realizado na noite de segunda-feira, dia 15. A prioridade número 1 levantada pelos participantes foi a conclusão da GO-217 até a BR-060 e a recuperação da pista já existente. Outra questão discutida foi a recuperação urgente da Celg para que a estatal possa voltar a expandir a distribuição de energia no Estado.

O prefeito da cidade, Ademir Antonio de Sousa (PSDB), disse que a conclusão da rodovia vai ajudar Mairipotaba a deixar de ser um “cotovelo” para a malha viária da região e torná-la uma cidade de passagem do escoamento da produção regional. “Aqui e em cidades vizinhas tem uma produção forte na área de cimento, que vai para o Triângulo Mineiro. A rodovia vai ajudar Mairipotaba a se desenvolver, não só por estar no corredor, como atraindo indústrias para cá”, disse.

Já sobre energia, o vice-governador Ademir Menezes, um dos coordenadores do MCG ao lado do deputado federal e presidente do PR em Goiás, Sandro Mabel, disse que o atual governo pegou uma Celg em crise e tem conseguido, nestes quatro anos, solucioná-la, dependendo agora da conclusão de um acordo com o governo federal para que a companhia possa voltar a investir.

“O próximo governador com certeza vai encontrar uma Celg arrumada. Esse acordo está bem próximo de ser concluído. E aí a Celg vai poder novamente expandir sua rede”, disse.

Ademir contou que tem ouvido muitas queixas neste tema entre os participantes do MCG. “Em Corumbaíba, em Morrinhos, em outras cidades, ouvimos empresários que querem ampliar suas indústrias, suas áreas irrigadas e não tem energia. O Estado não pode estagnar por causa da falta de energia”, disse.

Na área social, o medo da população com o avanço das drogas na juventude dominou as discussões sobre educação e saúde. Os participantes comentaram que o narcotráfico é um mal que atinge todas as cidades, mesmo as pequenas e que o governo deve priorizar formas de afastar o jovem das drogas. E deram como exemplo a criação de atividades nas escolas em tempo integral.

“Toda atividade do governo deve ser voltada em ocupar o tempo do jovem, incluindo programas esportivos, culturais e até profissionais na grade de ensino, incentivando o jovem a ficar na escola. Não pode deixar o aluno ocioso e hoje ainda vemos escolas onde isso acontece. Poderia ter leis que tornassem esses programas obrigatórios”, disse o advogado e empresário Edson Barbosa, um dos participantes da audiência.

O evento em Mairipotaba contou com a participação de presidentes locais de diversos partidos, dentre eles o PMDB, PT e DEM, além de representantes de outros, como o próprio prefeito, que é do PSDB. “Essas reuniões que o PR tem promovido são muito importantes, porque retira de diferentes regiões, do seio das comunidades, a necessidade da população”, disse o prefeito.